Compostos orgânicos voláteis

 

Compostos orgânicos voláteis

 

Compostos orgânicos voláteis VOC (do original em inglês “VOC” = Volatile Organic Compound) são substâncias químicas orgânicas, ou combinações destas que apresentam alta pressão de vapor sob as condições normais, vaporizando significativamente e entrando na atmosfera.

Uma grande variedade de moléculas orgânicas, como aldeídos, cetonas, e outros hidrocarbonetos leves são os VOCs.

 

Nos Estados Unidos a EPA (Environmental Protection Agency, ou em português Agência de Proteção Ambiental) define VOC como qualquer combinação orgânica que participa em uma reação fotoquímica; alguns acreditam que esta definição é muito abrangente e vaga incluindo compostos orgânicos que não são muito voláteis sob condições normais.

 

Fontes de VOCs

O VOC mais comum é o metano, um gás causador de efeito-estufa.

Este VOC é considerado natural, uma vez que pode se formar a partir da biomassa através de diversos fenômenos e reações naturais.

Os VOCs artificiais mais comuns incluem os “thinners” de pintura, solventes de limpeza, e componentes de combustíveis derivados de petróleo (ex. gasolina e gás veicular).

 

Definindo de forma bem simples podemos dizer que todo composto orgânico que evapora é um VOC e causa efeitos colaterais importantes para o planeta, para o ambiente e para a saúde dos seres vivos.

 

Há bem pouco tempo se utilizava, e ainda se utilizam em alguns países, compostos orgânicos clorados como o Cloreto de Metileno e o tricloroetileno que hoje são reconhecidos como cancerígenos, outros solventes como o Benzeno, Tolueno e Xileno são suspeitos do mesmo fato e de que podem levar à leucemia.

 

O VOC é considerado um fator importantíssimo na qualidade do ar em recintos fechados, conhecido como “síndrome do edifício doente”.

Os VOCs ” são gerados por fotocopiadoras, tapetes e mobílias.

O formaldeído se apresenta em centenas de componentes de escritório, inclusive madeira e compensados em mobília, estantes, divisórias e forrações de parede.

Também podem os VOCs estar em tintas, vernizes e outras substâncias químicas usadas como acabamento.

A fumaça do tabaco também contribui para o aumento dos níveis VOCs.

 

Efeitos ambientais

Liberados no ambiente os VOCs podem danificar a terra e o lençol freático. Vapores de VOCs que escapam contribuem para a poluição atmosférica e para o efeito-estufa.

VOCs são poluentes importantes do ar, são enquadrados freqüentemente em duas grandes categorias: Metano (CH4) e não-metano (NMVOCs).

Metano é um gás extremamente eficiente para causar o efeito-estufa, contribuindo para de maneira muito expressiva.  Outros hidrocarbonetos que também são VOCs contribuem significativamente criando o ozônio que prolonga a vida do metano na atmosfera.

Na classificação de NMVOCs, são suspeitos o benzeno e outros compostos aromáticos, como o tolueno e xileno, além de, como carcinógenos, podem levar à leucemia por exposição prolongada.   O 1,3-butadieno é outro composto perigoso freqüentemente associado a uso industrial.

 

Algum VOCs também reagem no ar com óxidos de nitrogênio na presença de luz solar para formar ozônio. O ozônio é benéfico na atmosfera superior porque absorve os raios ultra-violeta (UV) que protegem os humanos, plantas, e animais este, porém é uma ameaça grave quando presente na atmosfera mais baixa (troposfera) causando problemas respiratórios. Além de que, em concentrações mais altas, pode danificar colheitas e edifícios.

 

 

 

Contribuição para poluição de ar em recinto fechado

Muitos VOCs são usados em edifícios, como removedores de tinta, preservativos para madeira e produtos de limpeza contribuindo para a já citada “síndrome do edifício doente”.

VOCs são freqüentemente usados em pintura, carpetes, plásticos, e cosméticos.

 

Os Estados Unidos, através da Agência de Proteção Ambiental (EPA) encontrou de maneira muito comum concentrações de VOCs no ar de recintos fechados de 2 a 5 vezes maior que ao ar livre. Durante certas atividades os níveis de VOCs, em recintos fechados, podem alcançar 1.000 vezes mais que no ar externo.

 

Terminologia e definições

Há diferentes maneiras para se classificar os compostos químicos que participam em reações fotoquímicas, ou seja, esses que reagem com outros poluentes, na presença de luz solar, para formar ozônio na troposfera (camada atmosférica mais próxima da superfície terrestre).

 

Algumas das classificações mais comuns são:

NMHC — Non-Methane Hydrocarbons (Hidrocarbonetos não-metano)

NMOG — Non-Methane Organic Gases (Gases Orgânicos não-metano)

NMVOC — Non-Methane Volatile Organic Compounds (não-metano Compostos Orgânicos Voláteis)

ROG — Reactive Organic Gases (Gases Orgânicos reativos)

SVOC — Semi-Volatile Organic Compounds (Compostos Orgânicos Semi-voláteis)

TOG — Total Organic Gases (Gases Orgânicos Totais)

TVOC — Total Volatile Organic Compounds (Compostos Orgânicos Voláteis Totais)

VOC — Volatile Organic Compounds (Compostos Orgânicos Voláteis)

 

Enquanto todos estes termos forem usados, nunca ficará bem claro quais os poluentes que são incluídos em cada termo.

O termo único “VOC” tem a vantagem de ter definições mais precisas classificadas por agências reguladoras como o Parlamento Europeu e o EPA dos Estados Unidos.

 

A lista de compostos isentos de VOC foi primeiramente publicada 1977, o EPA acrescentou vários à lista, que tem freqüentemente sofrido revisão.

 

Definição nos Estados Unidos

A definição de VOCs da Agência de Proteção Ambiental norte-americana é publicada no Código de Regulamentos Federais. Define VOCs como: “qualquer combinação de carbono, excluido o monóxido de carbono, gases carbônicos, carboneto ácidos, carbonetos metálicos, carbonatos e carbonato de amônio que participam em reações de fotoquímicas atmosféricas.

 

Definição na União européia

A lei européia define “VOC” como a quantidade de voláteis orgânicos presentes na atmosfera.

Por exemplo, a Diretiva 2004/42/CE da União européia cobre emissões de VOC de tintas e vernizes, definem VOC como qualquer mistura ou combinação de compostos orgânicos que tem um ponto de ebulição inicial menor ou igual a 250°C medido a uma pressão atmosférica padrão de 101.3 kPa.

A diretiva 94/63/EC regula emissões de VOC a partir de simples armazenamento e distribuição de petróleo e derivados, define os vapores como qualquer combinação gasosa que evapora do petroleo.

 

 

REINO UNIDO níveis de classificação

As indústrias britânicas de tintas adotaram uma rotulagem de VOC pretendem que na embalagem de todas as tintas se informe aos clientes os níveis de solventes orgânicos e outros voláteis presentes.

Fabricantes de tintas usam uma terminologia padrão, texto e categorias para todos os produtos.  A informação é dada de acordo com cinco faixas e advertem sobre o “VOC” informando que contribuem para a poluição atmosférica

 

As cinco faixas usadas pelos fabricantes ingleses de tintas são:

 

Mínimo – conteúdo de VOC 0% a 0.29%

Baixo – conteúdo de VOC 0.3% a 7.99%

Médio – conteúdo de VOC 8% a 24.99%

Alto – conteúdo de VOC 25% a 50%

Muito Alto – conteúdo de VOC mais que 50%

7 Comments

    1. MIGUEL QUIMINAC

      Esses valores de tolerância somente são admitidos quando não existe alternativas para evita-los.
      Por exemplo existem valores para impermeabilizantes de pisos e tintas.
      O ideal é não conter VOC, por exemplo nosso produto POWER CLEAN III, é um desengraxante sem voláteis orgânicos que substitui eficientemente solventes de limpeza.

    1. MIGUEL QUIMINAC

      No Brasil, existem normas e regulamentações que estabelecem os limites máximos permitidos para emissão de VOCs, tanto em fontes estacionárias (indústrias e outros processos produtivos) quanto móveis (veículos automotores).
      Para as emissões de fontes estacionárias, a legislação brasileira estabelece limites de emissão de acordo com o tipo de atividade e setor produtivo, sendo definidos em termos de concentração máxima de VOCs na fonte emissora ou como uma massa máxima emitida por unidade de tempo. Esses limites são estabelecidos pelos órgãos ambientais estaduais e municipais, que são responsáveis pela fiscalização e controle das emissões.
      Destaco que esses valores são estabelecidos e atualizados periodicamente pelos órgãos competentes, levando em consideração os avanços tecnológicos e os impactos ambientais e à saúde humana.
      PRODUTOS SANEANTE PARA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO.
      Uma forma para avaliação e controle é o LEED, que é um sistema de pontuação baseado em critérios ambientais, sociais e econômicos que avalia o desempenho ambiental dos edifícios em diferentes categorias, tais como uso racional de energia, conservação de água, materiais sustentáveis, qualidade do ambiente interno, entre outros.
      LEED é a sigla para “Leadership in Energy and Environmental Design”, um sistema internacional de certificação de construções sustentáveis criado em 1998 pelo US Green Building Council (USGBC).
      Observe que os órgãos governamentais do Brasil determinam limites para a qualidade do ar em geral, nossas empresas no setor de saneantes se preocupam, primordialmente, com VOCs presentes em edifícios, habitações, etc, os quais atingem os usuários em ambientes confinados, uma excelente referência são os critérios utilizados pelo sistema LEED, que utiliza uma escala de pontuação.
      Os critérios de avaliação do LEED são baseados em práticas construtivas que visam reduzir o impacto ambiental dos edifícios em diferentes fases de sua vida útil, desde a construção até a operação e manutenção.
      Observe que os critérios controlados abrangem edifícios em várias etapas desde o planejamento e construção até sua manutenção, os produtos saneantes têm participação somente na fase de manutenção, onde valores de VOC são definidos de acordo com a localidade e sua aplicação, por exemplo:
      A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) estabelece um limite máximo de 350 gramas de VOC por litro para ceras impermeabilizantes de piso. Esse limite é aplicável a todos os estados americanos e se aplica a ceras emulsionadas, que são as mais comuns.
      A exemplificar com nossos produtos nesta categoria, informamos:
      Nossa cera Wet Look Wax apresenta VOC de 75 gramas por litro, a Pluribrite WL VOC de 25 gramas por litro.
      Wet Look Wax: https://www.quiminac.com.br/site/wet-look-wax-2/
      Pluribrite WL: https://www.quiminac.com.br/site/pluribrite-wl/
      Outro exemplo extraordinário: a Quiminac há mais de vinte e cinco anos desenvolveu no Brasil o primeiro desengraxante para limpeza pesada sem VOCs.
      Power Clean III: https://www.quiminac.com.br/site/power-clean-iii-2/

  1. Carlos Matsumoto

    A indústria brasileira não informa óbvio; mas as pequenas partículas e o VOC emitido nos alimentos na hora que estão cozinhando ou fritando nas tais AIRFRYERs são extremamente nocivos para a saúde. Os próprios órgãos de saúde do Brasil tem a obrigação de pesquisarem e serem transparente nisso.

    1. MIGUEL QUIMINAC

      Carlos,
      É verdade, aqui não tratamos de alimentos e sim de domissanitários entretanto cito o exemplo, o diacetil, responsável pelo aroma e sabor de manteiga das pipocas de microondas é capaz de causar problemas pulmonares.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.