INFORME TÉCNICO – TRANSMISSÃO DO COVID-19
É indispensável que todos estejam perfeitamente conscientizados de como se prevenir, evitar a disseminação do vírus, entretanto a grande quantidade de informações divulgadas pela imprensa, que com razão, tem dado máxima importância, aliada com informações vindas de mídias alternativas tem levado as pessoas à histeria, isto leva um ambiente de desespero.
Por outro lado não se pode ignorar ou menosprezar a importância das devidas medidas preventivas.
O que temos observado de modo geral, são os dois cenários, alguns lenientes demais, beirando o escárnio e outros, em maioria, em total desespero, não conseguindo serenidade para tomada de atitudes corretas e coerentes.
A primeira informação que devemos ter é que, de certa forma, o Brasil foi privilegiado já que o governo tem tomado boas atitudes, contando com dados do que vem ocorrendo em outros países. O raciocínio ideal nesta crise é:
- O vírus apresenta alta morbidade, ou seja se espalha com grande velocidade, apesar da baixa letalidade, percentualmente o número de fatalidades é muito menor que muitos outros vírus conhecidos.
- Nenhuma vacina ou medicamento é eficaz até o momento.
- A letalidade existe em porcentagem pequena, atinge preferencialmente os mais velhos.
- Com total assistência hospitalar o número de fatalidades cai ainda mais.
CONCLUSÃO: A velocidade de transmissão diminuída, não garante que muitos restarão imunes, entretanto garante que todos terão a devida assistência médica, reduzindo drasticamente o número de fatalidades. Este tem sido o motivo das medidas restritivas adotadas por nossos governos nos diversos âmbitos.
Devemos, além de respeitar as recomendações gerais sobre a restrição de contato entre as pessoas, nos cabe compreender e executar a fim de, não somente se proteger, mas fazer com que a velocidade de transmissão seja reduzida.
FUNDAMENTOS MAIS IMPORTANTES NA PREVENÇÃO DE DISSEMINAÇÃO ACELERADA.
- Ter consciência de que o vírus não entra
por nossa pele, entra através de nossas mucosas, então ATENÇÃO: nossa
vulnerabilidade está em NOSSOS OLHOS, NOSSAS NARINAS e NOSSA BOCA.
É claro que é difícil não tocarmos frequentemente nosso rosto, isto se faz de maneira quase inconsciente, porém somos seres racionais e vale a pena tentar ficar consciente e, em ambientes duvidosos, só tocar o rosto após higienizar as mãos. - Higiene das mãos: a melhor maneira de higienização é a lavagem delas com água e sabão, não havendo esta possibilidade as alternativas são o álcool gel ou álcool etílico 70 com pequena quantidade de glicerina a fim de evitar ressecamento da pele.
- Manter distância mínima de 1 metro entre pessoas, preferencialmente 1,5 metros.
- Evitar apertos de mão, abraços e beijos.
- MEDIDA
IMPORTANTE QUE NÃO TEM RECEBIDO A DEVIDA ATENÇÃO: Manter higienizadas superfícies ou
objetos normalmente tocados pelas pessoas: maçanetas, portas, balcões de
recepção, telefones de uso comum, corrimões, etc.
Ainda não se pode precisar, entretanto se estima que o vírus permaneça ativo sobre superfícies por muitos dias, sendo este um dos principais motivos da rápida disseminação.
HIGIENIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES: Um dos motivos da falta de álcool gel no mercado tem sido a crença de que somente este “mata” o vírus e muitos o tem utilizado na limpeza e/ou desinfecção de objetos e superfícies, isto é falso, o álcool gel foi desenvolvido para uso nas mãos, quando não é possível utilizar água e sabão, e somente assim deve ser usado.
A informação útil é que qualquer desinfetante, de fonte confiável, de uso
corriqueiro se presta à desinfecção de superfícies, noto que tem se dado ênfase
muito grande aos com princípio oxidante, como os baseados em peróxidos ou em
cloro, que apesar de muito eficientes na inviabilização imediata dos vírus
perde sua capacidade logo após cessada sua aplicação.
Recomendo que sejam preferencialmente utilizados desinfetantes com efeito bactericida e bacteriostático, que permanecem ativos, em prevenção por muitas horas. Estes normalmente são encontrados baseados em quaternários de amônea ou clorexidina.
Como exemplo a QUIMINAC, nossa Empresa oferece e recomenda principalmente dois produtos: HIQUAT e ZITHER 80, baseados em quaternários de amônea. Os compostos quaternários de amônea são surfactantes catiônicos altamente tóxicos contra microrganismos (fungos, bactérias e vírus) e por isso, são conhecidamente agentes com ação biocida. São bastante utilizados por diversos ramos da indústria (farmacêutica, alimentícia, etc.)
Estes dois produtos podem ser usados como desinfetantes nas diluições recomendadas, o HIQUAT é preferencialmente indicado já que além do poder biocida atua como excelente limpador de superfícies.
20 de março de 2020
Miguel Sinkunas.
Responsável Técnico da QUIMINAC INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., desde 1991.
Membro da Com. de Saneantes CRQ-IV, desde 2004, – Conselho Regional de Química IV região.
Diretor de Químicos da ABRALIMP (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), de 2003 a 2019.